quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

RN tem 154 casos de microcefalia no ano com suspeita de relação com zika

Rio Grande do Norte já registra 154 casos confirmados de microcefalia em 2015 com suspeitas de relação com o zika vírus, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério da Saúde. De acordo com os dados do Ministério, o RN é o 4º estado do Brasil em número de casos confirmados.
Ainda de acordo com o Ministério, foram registrados casos de microcefalia 43 municípios do Rio Grande do Norte. Segundo o Ministério, o maior número de casos de microcefalia registrado em um ano foi em 2012, quando quatro casos foram registrados.
Além do alto número de casos notificados, o RN ainda se mantém, ao lado da Bahia, como o estado que registrou o maior número de óbitos suspeitos de serem ocasionados por microcefalia, com 10 casos. O número representa 25% das mortes suspeitas investigadas no país.
Microcefalia
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com um crânio de um tamanho menor do que o normal – com perímetro inferior ou igual a 33 centímetros. A condição normal é de que o crânio tenha um perímetro de pelo menos 34 centímetros. Essas medidas, no entanto, valem apenas para bebês nascidos após nove meses de gestação, e não são referência para prematuros.

Na maior parte dos casos, a microcefalia é causada por infecções adquiridas pelas gestantes, especialmente no primeiro trimestre de gravidez – que é quando o cérebro do bebê está sendo formado. De acordo com os especialistas, outros possíveis causadores da microcefalia são o consumo excessivo de álcool e drogas ao longo da gestação e o desenvolvimento de síndromes genéticas, como a síndrome de Down.


Recomentações
Para evitar o contágio, a Secretaria de Saúde orienta sobre os cuidados com o mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus. As gestantes devem fazer uso de repelente tópico, considerando a relação causal entre o Zika vírus e os casos de microcefalia relacionada ao vírus Zika diagnosticados no país. Estudos indicam que o uso tópico de repelentes a base de DEET por gestantes não apresenta riscos.



Em casa, os repelentes ambientais  saneantes regularizados devem ser regularizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses produtos não devem ser indicados ou utilizados diretamente em seres humanos, mas em superfícies inanimadas e/ou ambientes, seguindo sempre, com atenção, as orientações do fabricante.



É importante que as gestantes realizem um acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico.  Elas também não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.



Além disso, a população  deve adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas. Gestantes devem usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes. G1RN.

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